segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Senhor renova as nossas forças

"Mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam." - Isaías 40: 31

Quem é que nunca ficou tão cansado ao ponto de querer desistir de tudo? E não só cansado fisicamente, mas mentalmente, espiritualmente, emocionalmente. Há momentos em que tudo parece nos pressionar, e as promessas do Senhor de eternidade parecem tão longe de se cumprir. Se tentarmos por nós mesmos descansar, parar, desistir, não vai adiantar. Mas aqueles que não desistem de esperar no Senhor, terão suas forças renovadas, e poderão continuar, fortalecidos e prontos para mais uma jornada, não importa quão difícil ela será. (Escrito por Deborah Stafuss – www.portasabertas.org.br)

Vejamos o que Alberto Blanco de Oliveira no livro Encontros com o Mestre nos relata sobre a força e o amor do Senhor por nossas vidas. O título é Nas mãos de Pilatos.

Os quatro evangelistas registram, nos últimos capítulos de suas narrativas, o que foi o encontro de Jesus com Pilatos, o governador, que representa o império romano. Pilatos se revelou um homem fraco, incapaz de manter a justiça que ele mesmo reconheceu. Todo ser humano deveria ler atentamente tudo o que Jesus sofreu em nosso lugar, para entender o seu sacrifício para substituir-nos no processo da salvação da humanidade.

Ao anoitecer do dia anterior, quinta-feira, Jesus havia sido preso. Foi levado à casa de Anás, depois ao palácio sacerdotal de Caifás. Diante desses dois sacerdotes sofreu muitas humilhações e desaforos, durante aquela que foi a mais cruel noite da história. Agora, amanhece a sexta-feira, e ele é conduzido algemado à presença de Pilatos. Este o envia, primeiro, a Herodes, que desejava ver a Jesus. Com isso se reatam as relações entre os dois – Pilatos e Herodes – que estavam estremecidas. Veja Lucas 23: 11.

Pilatos interroga a Jesus demoradamente. Não encontra nenhum delito praticado pelo Nazareno. A certa altura do interrogatório, recebe um recado da esposa, pedindo-lhe que não fizesse qualquer injustiça. Os soldados, aproveitando uma oportunidade entre um e outro interrogatório, puseram sobre Jesus uma túnica resplandecente, fornecida por Herodes, para dar-lhe a aparência de um rei. Tecem uma coroa de espinhos e a põem sobre sua cabeça. Em sua mão lhe colocaram uma vara para imitar um cetro. Tudo isso com o sentido de escarnecer e de humilhá-lo. Deram-lhe bofetadas, cuspiram em seu rosto e zombaram dele. (Lucas 23: 11 e João 19: 1 – 5)

A certa altura, Pilatos apresenta Jesus ao povo reunido fora do palácio, com sua nova vestimenta, consentindo nessa falta de respeito ao Rei dos Reis, dizendo: "Eis o vosso rei" (João 19: 5 e 14). O governador sugere que Jesus seja "anistiado" e solto por motivo da Páscoa, pois era costume libertar um preso por ocasião daquela festa. Os chefes religiosos incitam a multidão para pedir a liberdade de Barrabás, um chefe de quadrilha de assaltantes. Barrabás foi solto. O nome Barrabás significa: Filho do pai. Que contradição! O verdadeiro filho do Pai morre e o mau filho é libertado.

Lá fora o povo gritava: "crucifica-o, crucifica-o!". Pilatos não encontra razão alguma para condenar a Cristo, mas como político, não queria desagradar a multidão. Querendo aliviar sua consciência, lavou as mãos diante do povo dizendo: "Estou inocente do sangue desse justo". Mesmo assim, mandou açoitar a Jesus pela segunda vez e o entregou para ser crucificado. Como de costume, teria que pregar na cruz uma placa com a razão da condenação à morte. Não tendo razão alguma, escreveu: "Este é Jesus, o rei dos judeus".  Os judeus reclamaram e pediram que, pelo menos, ele mudasse para: "O que se disse rei dos judeus". Agora Pilatos mostra toda a sua "autoridade" e diz: "o que escrevi, escrevi".

Que triste encontro. Quanta injustiça e quanta indignidade. Cristo sofreu tudo isso para beber até o fim o cálice amargo que nos cabia, a mim e a você. Reconhecer a Cristo como nosso Senhor e Salvador de nossas vidas, é o mínimo que podemos fazer para agradar a quem tanto fez por nós.

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